domingo, março 19, 2006

Por que "peidamos"?

O "peido" é um dos produtos resultantes das transformações químicas que ocorrem nos intestinos delgado e grosso durane a digestão. Por ser malcheiro e incomodar muita gene, costumamos prendê-lo quando estamos em público. Isso gera desconforto, cólicas e algumas vezes até dor no peito.
Apesar do pum ser desagradável e muitas vezes incômodo para as pessoas que estão em volta, ele é muito importante para a manutenção da saúde. Elepode servir como um indicativo do andamento do processo digestório. A formação exagerada de gases ou o cheiro muito forte podem significar que os alimentos (em especial, os ricos em proteínas e carboidratos) não estão sendo bem digeridos e/ou estão permanecendo por muito tempo nos intestinos. Caso essas situações sejam freqüentes, procure um médico!

terça-feira, março 07, 2006

Por que devemos mastigar bem os alimentos?

A digestão é uma transformação química e, como qualquer outra, ocorre melhor e mais rápido se aumentarmos o contato entre as substâncias envolvidas. Se os alimentos forem triturados, as susbstâncias responsáveis pela fragmentação química poderão "atacar" cada pedaço do alimento de uma só vez, facilitando a digestão. Ao contrário, se o alimento não for bem triturado, as susbstâncias responsáveis pela digestão química só poderão atacar a superfície do alimento; toda sua parte intera será protegida.

domingo, março 05, 2006

A azia e as formas de combatê-la

Nosso estômago contém o suco gástrico, que é necessário à digestão dos alimentos e que é ácido, pois já contém, normalmente, ácido clorídrico (HCl). Em conseqüência de doenças, tensões nervosas ou excesso de comida, a quantidade de HCl no estômago aumenta, causando os sintomas conhecidos por azia.
Uma das maneiras de se combater a azia é ingerir medicamentos que contenham bases de "força média", como, por exemplo, Mg(OH)2 (que existe no "leite de magnésia") ou Al(OH)3 (que existe no Mylanta Plus, por exemplo). Essas bases irão neutralizar o excesso de acidez existente no estômago, aliviando os sintomas da azia.
Uma outra forma de se aliviar a azia é tomar um antiácido, que pode ser efervescente ou não. A diferença entre os antiácidos efervescentes e os não efervescentes está na forma de ação. Geralmente, os não efervescentes agem neutralizando uma parcela do ácido clorídrico presente no suco gástrico, pois contém substâncias alcalinas. Já os efervescentes funcionam estabilizando a acidez na faixa de normalidade (pH entre 1,8 e 2,0).
Os antiácidos efervescentes são, basicamente, uma mistura de bicarbonato de sódio (NaHCO3) com um ácido (os masi comuns são o ácido cítrico e/ou tartárico). Quando o produto é colocado na água, ocorre a formação de ácido carbônico, que é instável se decompõe em água e dióxido de carbono (na forma de bolhas).

sábado, março 04, 2006

Por que temperamos as saladas?

Produtos e alimentos ácidos ("azedos"), como o vinagre e as frutas cítricas, têm a propriedade de intensificar a salivação, por isso são recomendados por nutricionistas para temperar saladas (limão ou vinagre).
Outras frutas, como a laranja e o abacaxi, se forem consumidas logo após as refeições "pesadas" (feijoada, churrasco), podem ajudar a digestão. O abacaxi, além de intensificar a salivação, também possui uma enzima chamada bromelina, que ajuda a digestão.

sexta-feira, março 03, 2006

A digestão começa nos olhos

Não dá pra negar que é muito mais agradável comer um hambúrger, uma pizza ou uma macarronada em um anbiente limpo, bem decorado e com cores agradáveis, do que em um local sujo, todo bagunçado, mesmo sabendo que a comida é de excelente qualidade. Isso acontece porque o que vemos influencia nosso apetite e nosso sistema digestório.
Por exemplo: certas cores, quando associadas ao alimento, nos influenciam de forma especial. O amarelo ativa nosso sitema digestório e desperda a vontade de comer (fome). O vermelho é uma cor ligada ao dinamismo, à rapidez e à agressividade; sendo assim, essa cor age no nosso inconsciente, levando-nos a comer rápido. Essas duas cores estão presentes no logotipo do McDonald's e contribuem para fazer da rede um sucesso no ramo de fast food.
Em resumo, o que vemos nos influencia a tal ponto que chega a "dar água na boca", ou seja, aumenta a salivação.

quinta-feira, março 02, 2006

Efeitos do chiclete sobre o sistema digestório

Existe uma ligação nervosa ente a boca e o estômago, de forma que, ao mastigarmos um alimento, ocorre a transmissão de um impulso nervoso ao cérebro, que envia outro impulso para o estômago para que ele aumente a produção de ácido clorídrico (HCl) e enzimas digestivas (como a pepsina). Dessa forma, o estômago fica preparado para receber o alimento que está chegando.
Quando mastigamos um chiclete, impulsos elétricos enviados preparam o estômago para "um alimento que não chega", pois o chiclete não deve ser engolido. O conseqüente aumento na concentração de ácido clorídrico no estômago, ocasionado pelo consumo constante de chiclete, tem acentuado problemas como a gastrite e a úlcera gástrica.

quarta-feira, março 01, 2006

A química do processo digestório

A função do sistema digestório é fragmentar os alimentos em pedaços cada vez menores para que eles possam ser absorvidos pelo organismo. Além disso, é também responsável pela absorção dos nutrientes e pela eliminação, na forma de fezes, de resíduos, toxinas e parasitas que vivem em nossos intestinos.
Na boca é que acontecem as primeiras fragmentações (mecânica e química) dos alimentos.
A fragmentação mecânica (mastigação) é feita pelos dentes, auxiliada pelo movimento da língua. Nesta etapa, os alimentos são triturados e misturados à saliva.
Além de umedecer o alimento, facilitando a deglutição, a saliva é responsável pela fragmentação química dos alimentos. Esta fragmentação se dá por ação de enzimas como a ptialina, que fragmenta os carboidratos maiores, como o amido (que não é doce), em açúcares menores, como a sacarose (açúcar comum) e a glicose. Já as vitaminas, sais minerais e água não são e nem precisam digeridos, pois seu tamanho permite que sejam absorvidos pelo organismo.
O alimento triturado, umedecido e parcialmente digerido, inicia sua trajetória através da faringe, passando pelo esôfago e chegando ao estômago, onde existe o suco gástrico.
No estômago, as transformãções químicas que os carboidratos vinham sofrendo desde a boca diminuem muito devido ao pH do estômago. Isso ocorre porque a alta acidez (pH 1,8 a 2,0), aliada a outras enzimas presentes no estômago (pepsina, por exemplo), inicia a fragmentação das proteínas, que até então não haviam sofrido nada. Elas são transformadas em aminoácidos.
As paredes do estômago também são constituídas de proteínas. No entanto, elas não são digeridas pelo suco gástrico porque existe uma mucosa que as protege. Se por algum motivo a acidez aumentar muito (pH 1,0 a 1,6), a mucosa pode não resistir, principalmente se esse aumento da acidez se tornar rotineiro. Acredita-se que esse seja um dos fatores responsáveis pelo agravamento de problemas como a úlcera e a gastrite, que são causados por uma bactéria chamada Helicobacter pylori. Caso o aumento da acidez seja ocasional, pode-se combatê-lo usando um antiácido.
Os lipídios (óleos e gorduras), juntamente com o resto de proteínas e carboidratos, terminam de ser digeridos no intestino delgado, que secreta o suco intestinal (que também contém enzimas). O pâncreas secreta, também no intestino delgado, o suco pancreático, que contém enzimas e transforma os lipíidios em ácidos graxos (R-COOH) e em glicerol (ou glicerina, C3H8O3) com a ajuda da bile. A bile é produzida pelo fígado e armazenada na vesícula biliar.
É no intestino delgado que ocorre a maior parte da absorção dos nutrientes obtidos com as fragmentações dos alimentos. A superfície dos intestinos é repleta de vilosidades, que contêm microvasos sanguíneos (capilares), através dos quais os nutrientes (com exceção dos lipídios digeridos) chegam ao sangue e são levados ao fígado, onde são temporariamente armazenados, para depois retornarem ao sangue.
Os ácidos graxos (RCOOH) e o glicerol (C3H8O3), resultantes da digestão dos lipídios, são transportados até as células através dos vasos linfáticos, que também existem nas vilosidades da superfície do intestino delgado. Esses ácidos graxos e o glicerol darão origem a novos lípídios, que formarão o tecido adiposo, que ajudará a manter a temperatura corporal estável e servirá também como uma "reserva de energia".
Os aminoácidos servirão para formar novas proteínas, necessárias para a "construção" de novos tecidos, para o transporte de oxigênio para as células (hemoglobina), para a formação de enzimas vitais para as transformações químicas que ocorrem em nosso organismo, e muito mais.
A glicose (C6H12O6), obtida geralmente pela fragmetnação de outros carboidratos e necessária ao bom funcionamento do organismo, servirá como principal fonte de energia para as células.
As toxinas produzidas durante a digestão serão eliminadas na forma de fezes. No entanto, se estas toxinas permanecerem por muito tempo no aparelho digestório, elas podem ser absorvidas pela corrente sanguínea. Estas toxinas comprometem o bom funcionamento do organismo, podendo dar origem, entre outras conseqüências, ao aparecimento de cravos e espoinhas. É o caso de quem tem prisão de ventre ou daqueles que consomem muitos alimentos ricos em proteínas (como a carne) e poucos alimentos ricos em fibras (como as verduras).